segunda-feira, 23 de março de 2009

Joe Malcovick

Olá, estou de volta. Como eu disse no outro post, Joe Malcovick respondeu algumas perguntas que eu fiz. Ele esclareceu que não era traficante, e sim, um policial, e o sujeito que me parou durante a viagem era um falso agente da polícia, ele sim era o traficante, e estava se preparando para atirar em nós dois, e fugir com a sacola. O machado e os pacotes de maconha na sacola de Joe eram algumas das coisas que ele tinha acabado de confiscar do suposto "policial".
Depois perguntei por qual motivo salvou minha vida, ele respondeu que era pra retribuir o grande favor que eu tinha feito, dando carona e arriscando minha própria vida, depois disso não quis dizer mais nada. Achei essa história bem mal contada, mas decidi parar com o questionamento.

Joe me convidou para ir morar em sua casa pelo menos por um tempo.  Não tive como rejeitar, eu estava realmente desesperado para achar um lugar. Agora estou morando com ele temporariamente, mas tenho que ter muita cautela e principalmente desconfiança com relação á Joe Malcovick

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A casa de Joe ficava perto da delegacia de polícia do Rio de Janeiro. É uma residência bem grande, com 2 andares e 3 quartos. No andar de baixo, uma sala de estar com lareira, ao lado uma sala de jantar com uma grande mesa redonda e algumas cadeiras. Na cozinha, eletrodomésticos bem sofisticados e caros, tudo muito limpo. Subindo as escadas, um corredor com os quartos, que não se diferenciam dos quartos normais, a não ser pela vista da bela praia de Copacabana.

Hoje pela manhã, acordei com um barulho estranho, abri a porta do quarto onde eu estava, e do corredor eu pude ouvir Joe falando com alguém. Ele estava falando baixo demais, então não consegui entender o que foi dito. Mas ouvi a outra pessoa, um homem, dizer: "Pague suas dívidas". Alguma coisa estava acontecendo ali, eu queria chegar mais perto, mas eles poderiam me ver, e depois eu não sei o que poderia acontecer.
Depois de um tempo, eu ouvi um tiro e desorientado, corri de volta para o quarto onde eu estava, me escondi no guarda-roupa e ouvi alguns passos indo em direção ás escadas, logo depois saí do guarda-roupa, peguei o telefone com as mãos tremendo, e liguei para a ambulância. Fui até o quarto de onde veio o tiro, e lá me deparei com uma cena terrível: Joe estava no chão, ensanguentado, com um tiro no peito e chorando. Ele sussurrou no meu ouvido algo como: "abra a gaveta" , antes de parar de respirar. Eu não acreditava no que acabara de ver: a pessoa que salvou minha vida estava na minha frente, coberto de sangue.

 Fiz
o que ele disse: abri a gaveta que ficava perto da cama, lá tinham dois envelopes, ambos escritos: PARA O SR. SILVA. Um dos envelopes tinha um bolo de dinheiro dentro, outro uma carta. Tudo que consigui ler foi: "saia da cidade", e antes que eu pudesse terminar a primeira linha, a ambulância chegou na casa, mas já era tarde demais, Joe Malcovick estava morto.

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