segunda-feira, 16 de março de 2009

A carona


Olá!! Cheguei ao Rio de Janeiro, mas vou contar mais sobre a cidade amanhã.

A viagem foi muito longa, durou 3 dias, por causa de vários fatores (entre eles, o congestionamento e a "grande" velocidade do meu carro antigo), mas o fator que mais me intrigou foi um trabalhador estrangeiro muito misterioso, Joe Malcovick.

Já era noite do segundo dia de viagem, usei parte do dinheiro que consegui em São Paulo para me hospedar em um pequeno motel de estrada, um lugar horrível, mal consegui dormir a noite e os barulhos eram infernais. Muitos diziam que o lugar era mal assombrado, o que ajudou muito mais na minha noite de sono. Na manhã seguinte, acordei ainda cansado, confundi a camareira com um zumbi (o papo do motel mal assombrado realmente ficou na minha cabeça) e fui para o meu querido carro antigo, mas quando estava tudo pronto para partir, um homem vestindo um casaco, calça jeans e uma roupa simples, velha e suja de barro apareceu, segurando uma sacola branca. Ele aparentava ter 40 anos, e com um sotaque típico americano, disse: preciso de uma carona para o Rio de Janeiro.
Eu não tinha como negar, estava indo para lá mesmo, e o homem parecia estar bem cansado e furioso, então eu não quis provocar mais fúria nele, e aceitei o pedido.

Tudo o que descobri sobre o sujeito foi seu nome, Joe Malcovick, e que ele viera dos Estados Unidos a procura de emprego aqui no Brasil. Passaram-se 2 horas, e já se avistava placas com o nome Rio de Janeiro, quando de repente fui surpreendido pelo barulho da sirene de um carro de polícia: alguma coisa errada estava acontecendo.

Parei o carro no acostamento, um policial já idoso apareceu na janela, e falou:
- Venham comigo, vocês estão presos.

Assustado, eu tentei me explicar, mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa, Joe saiu do carro, retirou um pequeno machado da sua sacola e com um golpe só nocateou o pobre policial. O estrangeiro fugiu, depois de dizer um singelo "Obrigado", como se nada tivesse acontecido ali.

Desesperado e sem saber o que fazer, percebi que durate a fuga tinha caído algo da sacola de Joe: um pequeno pacote com algum tipo de pó branco dentro. Não demorou para eu perceber que aquilo era maconha, e o humilde estrangeiro era um assustador traficante.

Ainda confuso, acelerei o carro, preferia não ficar ali para ver o que aconteceria depois, e descobri que cheguei ao destino desejado (ou não): o Rio de Janeiro.

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